23.10.08

Parte 5... O Desespero...



Na pesquisa que fiz sobre o passado de João Castelo como administrador, encontrei um texto escrito em 1986 (aproximadamente), pena que não está assinado, os colegas do Imirante podem até mesmo reconhecer o texto e me dizer quem o escreveu. É um editorial, muito bem escrito e tão atual que decidi me dar o trabalho de trascrevê-lo.


Diz o texto:


"'Em casa de enforcado', recomenda a sabedoria popular, 'não se fala em corda'. Na casa do enforcado João Castelo Ribeiro Gonçalves, porém, é impossível seguir esse excelente conselho, pois o primeiro a falar em corda, isto é, em corrupção é exatamente o dono da casa.


Fala com suficiência, com conhecimento de causa. É mesmo um especialista no assunto, como comprova a vertiginosa metamorfose que transformou o banqueiro de ontm no mais que banqueiro de hoje. Segundo seu juízo, a corrupção está e toda parte, em todos os bolsos e em todas as consciências. A lógica e a psicologia o explicam: se todos são desonestos, ninguém merece o inferno, ninguém é desonesto. Ele próprio, assim nivelado aos homens de bem, poderá livrar-se da pecha que o macula desde que chamas misteriosas consumiram a sede do Banco da Amazônia em Bacabal, para a felicidade do gerente João Castelo.


Dir-se-ia que o Sr. João Castelo é louco, mas há método nessa loucura. Foi com ares de humildade e santidade que se fez deputado e em seguida Governador Biônico. Queres conhecer o vilão, põe-lhe o cajado na mão. Até os leões de pedra que guardam o Palácio do Governo se arrepiaram com a sem-cerimônia daquele que se comportou, no exercício da função pública, unicamente como um homem de negócios - principalmente dos negócios seus.


Nenhum empresário maranhense do ramo da construção civil ousaria jurar pela sua probidade. Foi a época do império dos 10 por cento, depois 20 por cento, depois 30 por cento, depois só Deus sabe quanto - e aí está a Contabilidade fantástica do Complexo Esportivo a nos causar arrepios.


Pois é este mesmo Sr. Castelo, que hoje se vê encurralado no PDS e rejeitado pelos partidos em que pede abrigo e que propõe alianças, que ousa levantar a voz contra o Presidente Sarney e distribuir acusações a gregos e troianos (...). É o desespero de quem se sabe perto do fim e de quem, não tendo estatura para enxergar além do mesquinho horizonte de seus próprios intereses, joga pedras na lua que não pode atingir"


Belo texto!
Mais uma, só pra ilustrar, e essa dá pra ler direitinho... Ontem fechou as portas, hoje se abre como um pára-quedas...




Um comentário:

Anônimo disse...

Olha eu aqui. Obrigado pela visita a meu blog. Só não esou linkado no seu (risos). Uma dica: pegue esses recortes e passe para o pessoal da campanha do Flávio Dino. Com urgência, claro.